Realizado em Março de 2012
sábado, 31 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Compreendendo a Arquitetura Minimalista
Pavilhão alemão na Feira Mundial de Barcelona (1929) |
Inicialmente esse estilo se consolidava sob os conceitos de harmonia e equilíbrio segundo
o ideal estético neoplasticista não era concebido através do
princípio clássico da simetria, mas sim por meio da criação de
oposições e contrastes resultantes da exploração do
elementarismo da linha, do espaço e da cor em formas
geométricas regulares claramente diferenciadas e sem sobreposições,
produzindo uma qualidade assimétrica da noção de equilíbrio, ou seja, uma nova concepção de arquitetura, caracterizada como
“abstrata, objetiva, elementarista, informe, econômica, de
planta livre, assimétrica, antidecorativa, antimonumental,
anticúbica, aberta, flutuante e em equilíbrio dinâmico”.
"Embora a casa de Rietveld tenha sido uma
das primeiras manifestações arquitetônicas de inspiração
minimalista, o desenvolvimento desta tendência foi continuado por Mies
Van der Rohe (1886 –1969) a partir da interpretação da metáfora
“less is more”, o que equivale dizer “menos vale mais”, ou “menos significa
mais”. A fecundidade da metáfora miesiana reside na abrangente
multiplicidade de significados que suscita, em diversos planos de
compreensão. Não se trata, portanto, de uma analogia visual
direta ou literal em que o edifício resulta em um signo
icônico óbvio de seu conceito gerador, como em muitos exemplos
do figurativismo arquitetônico pós-moderno . A abrangência
deste aforismo, convertido em um dos princípios fundamentais
não só do pensamento arquitetônico moderno, como também de algumas
tendências não-figurativas do pós-modernismo arquitetônico,
conduziu não somente à concepção de obras arquitetônicas
comunicadoras de belas poéticas internas, mas também a um
sincero questionamento sobre as próprias qualidades de uma boa
arquitetura.
A influência neoplasticista na obra de
Mies manifesta-se claramente no Pavilhão alemão na Feira Mundial
de Barcelona (1929), expressão emblemática da metáfora minimalista . Subjacente à aparente simplicidade do minimalismo
arquitetônico de Mies, reside um ideal de perfeição platônica
materializado a partir de um sofisticado jogo combinatório de
lâminas de vidro, superfícies de água, planos horizontais e
verticais e painéis de mármore. Os delgados pilares metálicos
cruciformes revelam uma expressão estrutural ao mesmo tempo
singela e vigorosa, produzindo um tipo de tensão essencialmente
minimalista.
Alguns dos elementos da linguagem
moderna da arquitetura que se mostram presentes nestes exemplos,
tais como a tendência à abstração, a ampla recorrência às formas
geométricas puras, a assimetria, os planos e balanços, as
relações de transparência entre espaço interno e externo, o
elevado rigor técnico e a estética apurada dos detalhes
construtivos, dentre outros, ressurgem décadas mais tarde na
produção arquitetônica pós-moderna de inspiração minimalista, para
onde também convergem as influências das artes minimalistas
desenvolvidas nos Estados Unidos ao longo da década de 1960."
Com a releitura dos estilos com o Pós-Moderno reaparecem arquiteturas que primam pela busca de um sentido comum tectônico presente no uso rigoroso e asséptico dos materiais, na recriação de espaços diretos e puros, na utilização de formas volumétricas e geométricas simples, na austera utilização de repertórios significativos, na economia de materiais e energias, e na integração com o entorno, sendo ele, o minimalismo pós-moderno.
Com a releitura dos estilos com o Pós-Moderno reaparecem arquiteturas que primam pela busca de um sentido comum tectônico presente no uso rigoroso e asséptico dos materiais, na recriação de espaços diretos e puros, na utilização de formas volumétricas e geométricas simples, na austera utilização de repertórios significativos, na economia de materiais e energias, e na integração com o entorno, sendo ele, o minimalismo pós-moderno.
Arthur Campos Tavares Filho
terça-feira, 6 de março de 2012
Novo conceito de Arquitetura!
"Pra quê biblioteca se você gosta mesmo é de ler no banheiro? Pra quê suntuosa sala de jantar se o povo não sai da copa e da cozinha, agora rebatizadas de espaço gourmet? Pra quê home movie se você acaba mesmo vendo os filmes no aconchego da sua cama?…
Inteligente é uma casa fresca e clara, preferencialmente aberta para leste e sul, poupando energia.
Esta orientação, entretanto, não é regra geral: se a moradia estiver em altitudes superiores a 1.400m, como a nossa, vamos precisar de muito sol, principalmente à tarde, para aquecê-la nas noites de inverno.
Uma casa não é só construção, é o resultado do diálogo desta com as áreas livres.…
A água vai ficar escassa, mas graças a uma obsessão escatológica por banheiros.Na nossa infância, com famílias bem mais numerosas, compartilhávamos, sem problemas, um, no máximo dois, agora enchemos nossas casas de suítes e vangloriamo-nos da economia do aquecimento solar……
Inteligente é parar de desperdiçar e reciclar, para que dure mais o que ainda resta da Terra.
É usar corretamente o terreno, que um erro, nele, não terá mais conserto.
É rever nosso estilo de vida, despindo-o das efêmeras “tendências” impostas pelo consumo. O último lançamento de Milão será descartado pelo próximo, do ano que vem, e não se troca de casa nem de mobília como se troca de roupa, logo convém dimensionar correta e conscientemente os espaços das nossas necessidades, dos nossos desejos.
É escolher, ao edificar, a solução com o menor impacto ambiental e consumo energético, materiais mais duráveis e de menor manutenção, respeitando o vizinho e os lugares públicos, é por aí afora.
A partir de casas inteligentes para cidadãos inteligentes iremos tornando nossas cidades inteligentes."
José Eduardo Ferolla
Arquiteto/Professor da UFMG
Fonte:http://renatamalachias.wordpress.com/2009/07/10/texto-inteligente-sobre-arquitetura/
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